segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O Papa que sempre renunciou!

Multiplicam-se as mensagens de apoio e afeto ao Santo Padre, o Papa Bento XVI, após o anúncio de sua renúncia, sobretudo por parte dos jovens. O Papa que foi calorosamente acolhido pela juventude no dia em que foi eleito como novo pontífice é agora mais uma vez aclamado pelo seu exemplo de fidelidade, amor e, principalmente, humildade.



Leia abaixo o emocionante artigo de um jovem de 23 anos sobre esse evento histórico para fé católica:

A verdadeira causa da renúncia do Papa.
Tenho 23 anos e ainda não entendo muitas coisas. E há muitas coisas que não se podem entender às 8 da manhã quando te dirigem a palavra para dizer com a maior simplicidade: "Daniel, o papa se demitiu". E eu de supetão respondi: "Demitiu?" A resposta era mais do que óbvia, "Quer dizer que renunciou, Daniel, o Papa renunciou!"
O Papa renunciou. Assim irão acordar inúmeros jornais da manhã, assim começará o dia para a maioria. Assim, de um instante para o outro, uns quantos perderão a fé e outros muitos fortalecerão a sua. Mas este negócio de o Papa renunciar é uma dessas coisas que não se intendem.
Eu sou católico. Um entre tantos. Destes católicos que durante sua infância foi levado à Missa, depois cresceu e foi tomado pelo tédio. Foi então que, a uma certa altura, joguei fora todas as minhas crenças e levei a Igreja junto. Porém a Igreja não é para ser levada nem por mim, nem por ninguém (nem pelo Papa). Depois a uma certa altura de minha vida, voltei a ter gosto por meu lado espiritual (sabe como é, do mesmo jeito como se fica amarrado na menina que vai à Missa, e nos guias fantásticos que chamamos de padres), e, assim, de forma quase banal e simples, continuei por um caminho pelo qual hoje eu digo: sou católico. Um entre muitos, sim, porém, mesmo assim, católico. Porém, quer você seja um doutor em teologia ou um analfabeto em escrituras (destes como existem milhões por aí), o que todo mundo sabe é que o Papa é o Papa. Odiado, amado, objeto de zombaria e de orações, o Papa é o Papa, e o Papa morre como Papa.
Por isto, quando acordei com a notícia, como outros milhões de seres humanos, nos perguntamos: por que? Por que renuncias, senhor Ratzinger? Ficou com medo? Foi consumido pela idade? Perdeu a fé? Ganhou a fé? E hoje, depois de 12 horas, acho que encontrei a resposta: o Senhor Ratzinger renunciou, porque é o que ele fez a sua vida inteira.
É simples assim.
O Papa renunciou a uma vida normal. Renunciou a ter uma esposa. Renunciou a ter filhos. Renunciou a ganhar um salário. Renunciou à mediocridade. Renunciou às horas de sono, em troca de horas de estudo. Renunciou a ser um padre a mais, porém também renunciou a ser um padre especial. Renunciou a encher sua cabeça de Mozart, para enchê-la de teologia. Renunciou a chorar nos braços de seus pais. Renunciou a estar aposentado aos 85 anos, desfrutando de seus netos na comodidade de sua casa e no calor de uma lareira. Renunciou a desfrutar de seu país. Renunciou à comodidade de dias livres. Renunciou à vaidade. Renunciou a se defender contra os que o atacavam. Pois bem, para mim a coisa é óbvia: o Papa é um sujeito apegado à renúncia.
E hoje ele volta a demonstrá-lo. Um Papa que renuncia a seu pontificado, quando sabe que a Igreja não está em suas mãos, mas na de algo ou alguém maior, parece-me um Papa sábio. Ninguém é maior que a Igreja. Nem o Papa, nem os seus sacerdotes, nem seus leigos, nem os casos de pederastia, nem os casos de misericórdia. Ninguém é maior do que ela. Porém, ser Papa a esta altura da história, é um ato de heroísmo (destes que se realizam diariamente em meu país e ninguém os nota). Eu me lembro sem dúvida da história do primeiro Papa. Um tal... Pedro. Como foi que morreu? Sim, numa cruz, crucificado como o seu mestre, só que de cabeça para baixo.
Nos dias de hoje, Ratzinger se despede da mesma maneira. Crucificado pelos meios de comunicação, crucificado pela opinião pública e crucificado por seus próprios irmãos católicos. Crucificado à sombra de alguém mais carismático. Crucificado na humildade, essa que custa tanto entender. É um mártir contemporâneo, destes a respeito dos quais inventam histórias, destes que são caluniados, destes que são acusados, e não respondem. E quando responde, a única coisa que fazem é pedir perdão. "Peço perdão por minhas faltas". Nem mais, nem menos. Que coragem, que ser humano especial. Mesmo que eu fosse um mórmon, ateu, homossexual ou abortista, o fato de eu ver um sujeito de quem se diz tanta coisa, de quem tanta gente faz chacota e, mesmo assim, responde desta forma... este tipo de pessoas já não existe em nosso mundo.
Vivo em um mundo onde é divertido zombar do Papa, porém é pecado mortal fazer piada de um homossexual (para depois certamente ser tachado de bruto, intolerante, fascista, direitista e nazista). Vivo num mundo onde a hipocrisia alimenta as almas de todos nós. Onde podemos julgar um sujeito que, com 85 anos, quer o melhor para a Instituição que representa. Nós, porém, vamos com tudo contra ele porque, "com que direito ele renuncia?" Claro, porque no mundo NINGUÉM renuncia a nada. Como se ninguém tivesse preguiça de ir à escola. Como se ninguém tivesse preguiça de trabalhar. Como se vivesse num mundo em que todos os senhores de 85 anos estivessem ativos e trabalhando (e ainda por cima sem ganhar dinheiro) e ajudando a multidões. Pois é. 
Pois agora eu sei, senhor Ratzinger, que vivo em um mundo que irá achá-lo muito estranho. Num mundo que não leu seus livros, nem suas encíclicas, porém que daqui a 50 anos ainda irá recordar como, com um gesto simples de humildade, um homem foi Papa e, quando viu que havia algo melhor no horizonte, decidiu afastar-se por amor à Igreja. Morra então tranquilo, senhor Ratzinger. Sem homenagens pomposas, sem corpo exibido em São Pedro, sem milhares chorando e esperando que a luz de seu quarto seja apagada. Morra então como viveu, embora fosse Papa: humilde
Bento XVI, muito obrigado por suas renúncias. 
Quero somente pedir minhas mais humildes desculpas se alguém se sentiu ofendido ou insultado com meu artigo. Considero a cada um (mórmons, homossexuais, ateus e abortistas) como um irmão meu, nem mais nem menos. Sorriam, que vale a pena ser feliz.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Eduardo e Mônica - Renato Russo

Só continuando no clima ... s2 
(que só eu entendo :p )

Quem um dia irá dizer. Que existe razão. Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer. Que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar. Ficou deitado e viu que horas eram. Enquanto Mônica tomava um conhaque. No outro canto da cidade, como eles disseram. Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer. E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer. Um carinha do cursinho do Eduardo que disse. "Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir" Festa estranha, com gente esquisita. "Eu não tô legal", não agüento mais birita" E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais. Sobre o boyzinho que tentava impressionar. E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa. "É quase duas, eu vou me ferrar" Eduardo e Mônica trocaram telefone. Depois telefonaram e decidiram se encontrar. O Eduardo sugeriu uma lanchonete. Mas a Mônica queria ver o filme do Godard. Se encontraram então no parque da cidade. A Mônica de moto e o Eduardo de "camelo" O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar. Mas a menina tinha tinta no cabelo. Eduardo e Mônica eram nada parecidos. Ela era de Leão e ele tinha dezesseis. Ela fazia Medicina e falava alemão. E ele ainda nas aulinhas de inglês. Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus. Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud. E o Eduardo gostava de novela. E jogava futebol-de-botão com seu avô. Ela falava coisas sobre o Planalto Central. Também magia e meditação. E o Eduardo ainda tava no esquema. Escola, cinema, clube, televisão.

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente. Uma vontade de se ver. E os dois se encontravam todo dia. E a vontade crescia, como tinha de ser. Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia. Teatro, artesanato, e foram viajar. A Mônica explicava pro Eduardo. Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar. Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer. E decidiu trabalhar (não!) E ela se formou no mesmo mês. Que ele passou no vestibular. E os dois comemoraram juntos. E também brigaram juntos, muitas vezes depois. E todo mundo diz que ele completa ela. E vice-versa, que nem feijão com arroz. Construíram uma casa há uns dois anos atrás. Mais ou menos quando os gêmeos vieram. Batalharam grana, seguraram legal. A barra mais pesada que tiveram. Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília. E a nossa amizade dá saudade no verão. Só que nessas férias, não vão viajar. Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação.

E quem um dia irá dizer. Que existe razão. Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer. Que não existe razão?
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Banda DOM e Rosa de Saron - Seu amor é demais

Sei que o seu coração dói. Sei que o mundo lhe destrói. Não, não se entregue assim, irmão. Vale a pena viver. Nova vida viver. Vem, deixe tudo para trás. Sim, nova vida você vai ganhar. Se a Jesus se entregar. Vale a pena tentar. Vem experimentar! O amor de Deus em mim. Está também em você. Está vivo em nós. Tem um nome: é Jesus! A Verdade, o Caminho e a Luz! Ele veio nos dar a Paz. Seu amor é demais! Está vivo em nós tem um nome: é Jesus! A Verdade, o Caminho e a Luz!