terça-feira, 5 de maio de 2015

Tarde de sábado, gotas de chuva


Há mais de um ano sem escrever aqui, me bateu saudade. Em off as palavras continuam sendo rabiscadas numa folha de papel qualquer... 

da série Minhas Palavras

Cada gota de chuva que cai
Penetra cantos e recantos do meu ser
Percebem, suavizam, acalmam
Encontram meus hiatos escondidos
E ao me reapresentá-los
Os convertem em pinceladas restauradas de um velho quadro
A tela antes recolhida do público
Entende que seu papel é um mistério
Matéria prima para sonhos e sorrisos
E algumas lágrimas entre um e outro
A mesma tela antes recolhida
Recolhe seu refúgio como abrigo necessário
Porém, finito.
Redescobrindo traços,
Pincelando outros, novos
Até que a paisagem em recomposição
Se mostra voluntariamente
E a exposição não é mais opção
E tudo bem, verdadeiramente bem.
Pois bem, se gotas de chuva
Não são particulares a essa única tarde de sábado
Me basta bendizer a cada chance de me redescobrir
Redesenhar,
Renascer!

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